quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Consolo na praia.


Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.


Poo, poesiia lindíssima de Carlos Drummond de Andrade.
Lii e senti (como diz minha professora de literatura, LUCIANA) e me encantei.
Será que eu tenho algo para falar depois de uma bela poesia do GRANDE ESCRITOR ?
Melhor nem tentar né ? =) hahah
Ele ée bom, e isso basta.

Um comentário:

Thaís Cavalcanti disse...

Ele é o cara...difícil não sentir e não se emocionar.